quinta-feira, 13 de janeiro de 2011


A redenção - VIII

Um dia seremos povo
um dia seremos gentes
a descobrir e escriturar
o paraíso perdido.

Viajando no cavalo alado
percorro as histórias de todos
os tempos, banho-me na doce
cachoeira, reecontro-me com
o alvorecer da poesia.

O homem sem identidade
procura o ombro
amigo do poema.

Sem maiores porquês
o ar penetra os pulmões
leveza do vento
esfrega folhas de árvores
e eu me confundo
co' a natureza.

Sem euforia
a harmonia
dos grilos dos sapos
dos pirilampos
e a imensidão da noite
revigora o cenário
para o outro dia.

Durmo na rede
e amanhã amanhecerá
sem ordem superior
na hora que galo caipira cantar.

A pedra conversa
o rio sorri,
arrepio-me ao
vento namorador.

Um dia me aporto neste lugar
pelos vasos comunicantes
dos bichos e das coisas.


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