sábado, 19 de março de 2011

GRILHÕES DA LIBERDADE



Uma flor tão frágil
o que tenho para oferecer
suas pétalas requerem
cuidados de mãe leoa
e de menina sapeca

Esse horizonte laranja
essa distância
por que não temos asas
de beija-flor deliciando
o néctar sem pudor

O estéril do tempo
compõe nossa dor
só o suor dos corpos
vale o instante
alheio a gravosa
forma de sobreviver

Tão difícil tão cruel
esse ser limitado
frágil forma de amante
preso ao seus pertences

A flor apresenta-se mais
forte diante dos grilhões
que nos separam

Mas por teimosia
o tempo pára para
reverenciar o templo do
amor que se livra vitorioso

"Mais servira se não
fora para tão longo
amor tão curta a vida"


Autor: Roberto de Araújo

1 Comentários:

Blogger Leninha Ramos disse...

Lindo!

20 de março de 2011 às 04:56  

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