GRILHÕES DA LIBERDADE
o que tenho para oferecer
suas pétalas requerem
cuidados de mãe leoa
e de menina sapeca
Esse horizonte laranja
essa distância
por que não temos asas
de beija-flor deliciando
o néctar sem pudor
O estéril do tempo
compõe nossa dor
só o suor dos corpos
vale o instante
alheio a gravosa
forma de sobreviver
Tão difícil tão cruel
esse ser limitado
frágil forma de amante
preso ao seus pertences
A flor apresenta-se mais
forte diante dos grilhões
que nos separam
Mas por teimosia
o tempo pára para
reverenciar o templo do
amor que se livra vitorioso
"Mais servira se não
fora para tão longo
amor tão curta a vida"
Autor: Roberto de Araújo
1 Comentários:
Lindo!
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