CHUVOSIDADE
transportam-me
à vida uterina
percorro a terna
juventude pela
chaminé da casa
paterna já nos
respingos da
chuva anoitecida
da janela-luzes
entrelaçam pingos
na dança do cateretê
molham a terra
regam a intuição
traço linhas na
confortável festa
dos neons
todos os mortos
serão lavados
todos os vivos
estarão inspirados
à flor prata que
derrama pela vidraça.
Autor: Roberto de Araújo
1 Comentários:
Quanta inspiração. Lindo!
Bom Dia!
Leninha Ramos
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