quarta-feira, 23 de março de 2011

CHUVOSIDADE



trovões
transportam-me
à vida uterina

percorro a terna
juventude pela
chaminé da casa
paterna já nos
respingos da
chuva anoitecida

da janela-luzes
entrelaçam pingos
na dança do cateretê
molham a terra
regam a intuição

traço linhas na
confortável festa
dos neons

todos os mortos
serão lavados
todos os vivos
estarão inspirados
à flor prata que
derrama pela vidraça.


Autor: Roberto de Araújo

1 Comentários:

Blogger Leninha Ramos disse...

Quanta inspiração. Lindo!
Bom Dia!
Leninha Ramos

24 de março de 2011 às 05:15  

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