PARALELAS
mergulho no ontem
ao som dos sinos da matriz
nas seresteiras madrugadas
nos sonhos pueris e estudantis
no sangue da população
no sorriso do bêbado
sempre me transfundi
em marcha ré
retorno ao apito do trem
minha mãe embala-me
ao ritmo da locomotiva
na távola o trem fantasma
viajava penetrando em meu corpo
e na realidade da Maria-fumaça
ressurge o País imaginário
do projeto que descarrilou
Autor: Roberto de Araujo
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial