domingo, 24 de outubro de 2010

NÓS OUTROS

A gravidade...
todos somos chão!...

O tempo nos castiga,
não há felicidade nem
fidelidade plenas!...

Amenas são as águas,
o ar que se respira.

Estamos insatisfeitos
como modelos humanos.

O pano do teatro cai
e como nômades sem
dono procuramos abrigo.

No desabrigo estamos
nós, não há teto para
a busca do eterno humor.

Não há verdade que
redima toda insatisfação,
eu quero ser você, você
quer ser eu, ironia da
existência cruel!

Precisa-se de um lugar de uma
explicação e somos iguais nessa
terrível definição do ser!...

Ser por que? Para que?
Essa é a grande passagem!...
Todos grudados na terra
que inventou a gravidade,
o pó, o passar que muito dói,
para um dia nos encontrarmos
no lugar sem tempo, no sorriso
infinito, que a inteligência não penetrou.


Autor: Roberto de Araújo

2 Comentários:

Blogger Talita Prates disse...

considero tuas reflexões bastante pertinentes.
gostei de (re)pensá-las através do teu poema.

um abraço,

Talita
História da minha alma

24 de outubro de 2010 às 10:39  
Blogger Jociclene Souza disse...

"Não há verdade que
redima toda insatisfação,
eu quero ser você, você
quer ser eu, ironia da
existência cruel!"
Pura verdade, te admiro muito viu?
Bjos

24 de outubro de 2010 às 12:16  

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