Montado no cavalo lírico
ainda que ofegante e arredio,
galopamos aos sonhos
a poesia é como o ar e o pão.
Viajamos no tempo
pelos vários Brasis:
Havia paraíso...
havia sorriso
na face do primitivo dono.
Águas cristalinas,
matas verdejantes,
harmonia esplendorosa de nichos.
Tudo era beleza,
pela mão vigorosa
da mãe natureza.
O canto dos pássaros...
A nobreza da aves:
_ Não existia civilização.
Tudo se amava
amava-se tudo.
Tupis-guaranis,
não eram marcas de fogos
nem hino de sonata.
Sobre a terra se sentiam
a fina flor em meio
as infindáveis florestas.
Migraram pelos rios
amazonas, paraguai, guaporé, tapajós,
não precisavam do amanhã,
tinha, o hoje.
Na costa atlântica
frutos tropicais,
peixes, animais,
abençoada América.
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