FOTOTEMPO
na casa paterna
coisa eterna,
hoje fotografia.
a família na varanda
é como se o tempo
não apagasse
o ali perpétuo.
sonhos dessonhos...
a terceira geração
não conhecerá seu supra-limite,
apenas a esfinge inerte das figuras,
nossa fatal realidade
de mortos-vivos,
já que de eternidade
sequer conhecemos o instante.
Autor: Roberto de Araújo
4 Comentários:
Poeta!
Sintam-se seus pés beijados >
"(...)
nossa fatal realidade
de mortos-vivos,
já que de eternidade
sequer conhecemos o instante."
Acertou o peito da poeta!
"...casa paterna, coisa eterna,
hoje fotografia."
"...como se o tempo
não apagasse
o ali perpétuo.
sonhos dessonhos..."
"...
esfinge inerte das figuras,
nossa fatal realidade.."
Vida inteira num instante, num zàs!
piscar de olhos, e o e terno abre
as cortinas do tempo. Sabedoria em forma
de poema.
Poeta, carinho é o óleo que lubrifica as engrenagens da vida, edifica alicerces da casa, a fim de que, mais tarde as provas necessárias da vida possam chegar.
Lindo Blog, lindos poemas, parabéns.
Obrigada por apresentar-me.
BeiJanes em seu lindo coração de poeta.
Jane Di Lello.
Recordações de infância...
Este é um tempo que retemos na memória, pois, infância, tem cheiro de felicidade...
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