segunda-feira, 31 de outubro de 2011

DRUMMOND DE SEMPRE

Dia de Carlos

O que dizer ao poeta
que se livrou do ar....
As coisas aqui continuam
iguais de quando viajastes!

Nada mudou os homens
são os mesmos e até o
amor continua reverso
como sempre!...

Somos sobreviventes
de uma vida igual...
As pedras continuam
no caminho de retinas
fatigadas de capital!

O amor continua impuro
pela estreita janela
de preconceitos, os
homens estão nadando
na corrupção como sempre!

Fome, miséria não
são novidades!...

Mas queria lhe entregar
uma flor que sempre
merecestes porque és
a flor irresignada, o
homem que esqueceu
a artéria do mundo para
viver naufragado na poesia!

As vezes esquerdo, as vezes triste,
combatente, coerente, árido,
sarcástico e frio, mas nunca
lhe faltou o amor pela
humanidade desapercebida!


Autor: Roberto de Araújo



2 Comentários:

Blogger eliane fernandes disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

31 de outubro de 2011 às 16:52  
Blogger eliane fernandes disse...

Drummond tinha sensibilidade e visão. Sua poesia é atemporal e encanta gerações. A visão de Drummond era aguçada. Ele dizia: Já não há mais mãos dadas pelo mundo. Noutra citação ele dizia: É tempo de partidos tempo de homens partidos. O poeta sempre se mostrou preocupado com o mundo a sua volta. E agora José? Questionava o poeta. Precisamos de muitos Drummonds que questionem nossas posições nossas atitudes e que sacuda este país de maneira poética.

31 de outubro de 2011 às 17:02  

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