sábado, 18 de setembro de 2010

A ETERNA MODA



A moça passa pela rua
e atrai o olhar de todos,
não depende da época,
da moda, da bolsa de
valores, do sistema de
governo, sua beleza está
acima de tudo e vai até ao infinito.

Viver as vezes se pergunta para que?
Mas quando aquele violão andante
de pernas torneadas, penetra pelo
corpo inteiro e me enche de toda
emoção, o coração não indaga nada!

Essa gota de mel que a vida oferece
mediante tanto amargo cruel,
agradecemos aos céus essa dádiva
imperdível de sabor tão autêntico,
como o ouro na burra do avarento!

Não me deixem só, preciso da
poesia de todos, da lenda de todos,
não posso ficar a ver navios aqui
chorando para mim mesmo, até
que a moça intemporal sorria
para mim pelo menos uma vez!


Autor: Roberto de Araujo

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