domingo, 27 de março de 2011

A VELHA VERDADE



Quando tudo parecia inerte
o mesmo dia-a-dia
o compromisso o trabalho
a aceitação tácita das
coisas como são
o dizer Bom
dia mecanicamente

A politicagem sem cura
o capital engolindo os
resíduos do lixo humano

A predeterminação
o olhar cabisbaixo
a discussão enfadonha

A robótica a tecnologia
fazendo maravilhas
mas virtuais

Tudo devidamente
sopesado prefixado
um caminhar torto
de desilusões

A gula dos ladrões
os bandidos ferozes
os larápios de terno e
gravata o desmando
a descrença no homem

Surge para contrariar
o antigo o indecifrável
amor que não sabia mais
tinha ficado no baú do
esquecimento ultrapassado
dos tempos do Carro de Boi

Vem e me apunhala sem dó
deixando uma fenda como
a navalha na carne e eu de
quatro não sei como domá-lo
trazê-lo ao meu alcance e
sentir novamente aquele
júbilo de outrora nessa
linda aurora de primavera
que ele vem despontando
como um furacão


Autor: Roberto de Araújo

1 Comentários:

Blogger Leninha Ramos disse...

Tbm uma nova verdade!

27 de março de 2011 às 17:56  

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