A VELHA VERDADE
o mesmo dia-a-dia
o compromisso o trabalho
a aceitação tácita das
coisas como são
o dizer Bom
dia mecanicamente
A politicagem sem cura
o capital engolindo os
resíduos do lixo humano
A predeterminação
o olhar cabisbaixo
a discussão enfadonha
A robótica a tecnologia
fazendo maravilhas
mas virtuais
Tudo devidamente
sopesado prefixado
um caminhar torto
de desilusões
A gula dos ladrões
os bandidos ferozes
os larápios de terno e
gravata o desmando
a descrença no homem
Surge para contrariar
o antigo o indecifrável
amor que não sabia mais
tinha ficado no baú do
esquecimento ultrapassado
dos tempos do Carro de Boi
Vem e me apunhala sem dó
deixando uma fenda como
a navalha na carne e eu de
quatro não sei como domá-lo
trazê-lo ao meu alcance e
sentir novamente aquele
júbilo de outrora nessa
linda aurora de primavera
que ele vem despontando
como um furacão
Autor: Roberto de Araújo
1 Comentários:
Tbm uma nova verdade!
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