sábado, 11 de fevereiro de 2012

CIRANDA DO TEMPO

Olhei e vi o tempo
tão rápido tão distraido,
tão feliz em um fio de esperança!

Ele mal me abraçou
em confete de carnaval,
beijou minha fronte e deu
adeus sem formalidades as
lindas histórias que me permitiu!

Deixou um rastro, um cheiro de
perfume no ar, um gesto de ternura
e mel e me deixou absolutamente só!

Tentei agarrá-lo em vão,
passou debaixo do meu nariz,
senti sua cor e ele partiu, como
tudo, e ficou uma melodia triste
de som permanente chamado silêncio!

O riacho emudeceu a visão extasiou
fiquei, mais uma vez, atônito sem
compreender porque vim ao mundo!

Nesse destempo a recordação oh! tempo,
essa você não tira de mim até o fim!

Clamo por você, inútil, você não
voltará e o canto do galo lá ao
longe é tão triste como a ausência
daqueles momentos de tempos
gloriosos que me fez sorrir!


Autor: Roberto de Araújo