sábado, 24 de dezembro de 2011

A BONECA DE NATAL











A Regina Luiza Correa

Deram-lhe o nome de Rainha,
que como tal espantava
o mal, trazia a alegria
desde o batismo de pia!

Cheia de unguentos
carinhos e proteção
era a filha do coração!

Irradiava luz por onde andava,
amava flores e rosas e sem
prosa ganhava a simpatia
com a força da pureza
e da empatia!

Tinha um sonho
semelhante a uma
irreal fantasia,
buscou com todas
as forças e orava
na ânsia desse presente
que no natal pretendia!

Seus pais não sabiam
qual o desejo da filha,
ela sempre guardava pra si
na mais escondida clausura,
um tesouro quase impossível!

Era uma coisa só dela
aquele bem tão amado!

Até que em um natal
surgiu a boneca barbie,
que tinha coração, emoção,
um presente vivo de natal!

Os sonhos mais bonitos
e mais profundos, as duas
Barbies sonharam nos campos
floridos da imaginação!

Batiam às portas e cantavam
a linda canção de amor que em
fagulhas de paz aspergiam!

E todos os puros reverenciaram
o Natal e louvaram a vinda
do nosso Menino Jesus!


Autor: Roberto de Araújo

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

O CARTÃO DE NATAL


A família em volta
à mesa comemorava
a chegada do Menino Jesus!

Quanta comunhão,
amor em profusão!

A melhor comemoração
do ano corrente com
a Missa do Galo presente!

Carentes, afortunados,
confortados recebiam
as bençãos reflexa do
Salvador onipresente!

Todos olhando o céu
naquela noite, pedidos
eram concedidos,
mesmos que cumpridos
depois de tempos remidos!

Hoje por surpresa
ali está o cartão de natal
sobre as águas do mar
desmanchando seus dizeres
e a força da mensagem!

Hoje simples anúncio
comercial já caindo de moda,
e arremedo de poucos familiares!

O papel se desmanchando
com a grande luz do além.
A cultura indo para a sepultura!

Ainda é tempo voltemos
ao passado recente, todos
constritos e coração aberto,
enchem-nos de graça o
Menino Jesus, as coisas
mundanas não preenche
a lacuna do Natal!


Autor: Roberto de Araújo

sábado, 17 de dezembro de 2011

NA ENCRUZILHADA











Já era tarde!...
Como o tempo
voa após aos
18 anos!?

A vida dava sinal
de recolher, mas
a mente teimosa
de jovem relutava!

Tanta coisa a descobrir,
mas o peso nas costas
puxava-me como
um acorrentado,
para as coisas triviais!

O passarinho lá fora
me convidava para
fazer poesias de amor
e aqui dentro alguém
retinha meus sonhos!

Alguns achavam lindos
os meus sonhos...mas
ao entardecer era mais
um fardo amargo!

Os óculos e a aparência,
embora a teimosia
contra a maresia,
impunham em mim!

Um maduro jovem,
essa espécie rara
dos Rolling Stones!

Mas os Rolling Stones
são Rolling Stones!
Que fazer da vida
na linha do Trem?
Alguém bate em
meu ombro e me
convida a dançar
o tango argentino,
o velho, novo, romântico,
dramático e sensual,
com a cabeça cheia de vinho,
tudo era um carnaval sem idade!


Autor: Roberto de Araújo






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A TULIPA E O AMOR

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A CHUVA DE NATAL


A chuva lava-me de todas
as coisas ruins, é o
natal que se anuncia!

Sou criança, homem,
alma, coração e emoção!

O barulho das goteiras
penetram em minha
mente e lavam todos
os males da terra!

O simples anúncio do natal
sou todos, sou ninguém,
apenas falo amém ao
presépio de minha vida,
a construção da felicidade!

Ali tão simples tão profundo,
a família, eu, você e todos
somos um só nessa galáxia,
que agora é renovada como
se o universo começasse
tudo de novo e eu criança
salta-me a voz já é natal!


Autor: Roberto de Araújo


segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

NÃO SER PARA MAIORES DE 18 ANOS


É como o entardecer
as luzes poucas tentam
maquiar a escuridão,
mas a vida se perdeu
na luta insana, no espaço
vazio, no desejo em vão
e nada tem salvação!

Acordei no sonho da almas
e o mundo já não me pertencia,
as vozes se calaram e eu
desaparecia como um
grão de areia no deserto!

Algumas vozes tentaram
perpetuar minha passagem,
mas em vão, o tempo corroeu
tudo também na mais
desalmada ignomínia!

Nesse espaço não há
otimismo e nem pessimismo,
há nada do que virá
e do que se foi, um conjunto
de neutralidade absurda!

Que me perdoi os puros,
mas o que fiz ou que fizeram
nada conta talvez
vagueiam almas as
vezes nem isso!

Um amontoado de vontades,
ilusões perfumadas e depois
o perverso e indiferente não ser!

Há uma agonia sem fim
do que não fomos,
uma linha curta
chamada tempo
que nos consume!


Autor: Roberto de Araújo