terça-feira, 31 de janeiro de 2012

IMAGEM SURREAL


Você é o sol eu sou a escuridão
não devia lhe dizer, mas
a força dessa paixão me
reveste de dor e solidão!

Penso que não existe,
mas o coração impede
desse amor ir embora!

Ira, indiferença, crença
em mim, nada adianta,
você há um momento
é amor, sangue e punhal!

Vou levando até o final não
sei até onde vai essa loucura!

Você sem cabeça, sem mãos, sem
pés, sem nada, mas o inconcebível
substitui sua carência na imagem
pura do seu corpo em plumas, como
uma ausência presente, que derrama
um líquido chamado tormento!

Fiz novenas para lhe esquecer, tomei
banho de arruda, mas você tornou-se sobre humana, começou a rondar minha mente, mesmo estando ela ausente em busca de lhe esquecer, porém o destino cola tudo que não se despedaça entumeceu todo meu ser!

Em horizonte de parede
perdi a vergonha e tive
como a carpideira de repetir
copiosamente "Eu te Amo!"

Autor: Roberto de Araújo







domingo, 22 de janeiro de 2012

O TEMPO NÃO SE CONTA

Os "meninos maluquinhos"
abandonam a tecnologia
por um breve espaço e
no campo lembram das
meninas sorridentes que
deixarão lindas recordações
pelos brinquedos toscos,
mas de tamanho amor
e todo resto é esquecido!

Lá vai o velhinho de bengala,
pensa... pensa-se na vida,
seu passo é trôpego o sol lhe
castiga, as pessoas olham com
pena sórdida preconceituosa
e simulam uma compaixão.
Mas dentro dele há a mesma
criança nuínha que passeia
nos campos e as meninas lhes
dão presentes cheios de amor!

A vida é uma ficção já disse
Mário Quintana, há passos e
passos e tudo é tudo ou nada,
apenas páro para chorar a triste
caminhada que nos persegue!

Mas o tempo não vence
a ternura que agora vejo
no olhar do velho e da criança!


Autor: Roberto de Araújo




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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

AMOR DE ARREBENTAÇÃO

O amor que se ama
com alvura gera dor
incompreensão
aberração
inimizade
separação
medo
ódio sem perdão.
Que amor louco meu Deus!

O amor de aluguel
que se ama raquítico
como comendo pipoca
no cinema "arranjado"
obrigado é fogo apagado
nunca se esquenta
nunca se rebenta
é café requentado
pro resto da vida!

Qual escolher?
Não tem escolha
o destino vem a
frente e toma conta!

Morre-se de paixão
ou põe uma pá de terra
que qualquer aracnídeo
descobre e vem a revolução
da paixão impiedosa!

O amorzinho pequenininho
tomamos uma dose por dia
até a chegada do nosso dia
de dizer adeus a tudo e ao Amor!


Autor: Roberto de Araújo

domingo, 15 de janeiro de 2012

O RENASCIMENTO DO AMOR


Seus olhos azuís me
retornam a esperança
de quando tudo era azul!

Venha diga-me da sua
ternura do seu amor
irradiante e eu sigo adiante
acreditando nesse mundo!

Essa estrada pedregosa,
esse campo de injustiças,
lá surge seu encanto
coberto de azul e tudo
se transforma em prazer!

Todos os medos e a cobrança
do custo da vida se envergonham
ao ver o azul diamante que se impõe!

Todos sorriem do magistral e
todo o mal sai pela janela da
solidão e no meu coração vem o
desejo de dizer que o amor voltou!

Ficará para sempre
como semente e todos
dirão amém ao amor
pelo puro amor!

Autor: Roberto de Araújo

O TEMPLO DA POESIA

sábado, 14 de janeiro de 2012

A VIDA POR UM SORRISO

A tecnologia
produziu amnésia
ao santo, ao fazendeiro,
ao boiadeiro e a estrada pó
foi extirpada pelo asfalto matador!

Não há conversa despretensiosa,
o fogão de lenha virou cinzas,
as ondas magnéticas aquecem
seu estômago pós-moderno!

Comunicamos com Marte,
depois com as galáxias
e o coração do homem
repleto de de fuligem!

Estamos no auge
e na decadência!

Já não somos mais humanos,
somos desumano-aço-inoxidável!

O aperto de mão e o abraço
são coisas mecanicistas!

A década da paixão...
As décadas da carbonização!

Nossos avós olham espantados
e não entendem o homem de aço!

E apenas o sorriso
justificava o mundo!


Autor: Roberto de Araújo.