quarta-feira, 28 de setembro de 2011

AS IRMÃS GÊMEAS

A luz e a escuridão
irmãs da mesma criação!

O vento o tormento,
a bonança e a paz!

O pêndulo que transita
entre o bem e o mal!

O fio da navalha,
o começo da vida!

Aplaudir o encanto
e chorar o desencanto!

Filhos da mesma origem
traga a inocência definitiva!

Não quero a prisão das horas,
posso voar nas asas da ilusão!

Tome esse trago comigo
preciso me afogar na
tristeza desse bar e
amanhã haverá um
carnaval de flores
para mim ou para
outro, esse mistério
das facetas da tristeza
e da extasiada euforia.

Vamos todos para o folia
porque amanhã não
se sabe o dia!


Autor: Roberto de Araújo.


terça-feira, 13 de setembro de 2011

ORAÇÃO - SÓ TI


Deus... oh Deus
perdoi meus
pecados me
propicies o
caminho
do bem!

Vim ao mundo
e não esquecestes
da oportunidade
de fazer parte
do teu banquete!

Na horas terríveis
de solidão, desespero,
pavor rechaçastes esses
males me cobrindo-me
de amor, o bem supremo
e colocastes luz e solução
na minha vida sofrida!

Nada sabemos da
tua grandeza, rogo
como Josué, perdoe
meus desatinos, só
ti tens o dom divino
livrar-me do mal,
das ilusões terrenas!

Recebas-me como
verdadeiro filho,
que as vezes perdeu
o encanto, porque
demorou a entender
que o único encanto
resides somente em ti!


Autor : Roberto de Araújo.




domingo, 11 de setembro de 2011

POEMA - AS FLORES DO IPÊ













O ipê

florece

a florecência
da vida!

Tive pai, mãe,
irmão
perdi-os!

Mas o ipê
ressurge no
pensamento
desgastado
pelo tempo e
todos voltam
para casa
eternamente!

Há um tempo
como o ipê
eles viajam
em longos
espaços que
não os alcanço!

Quando o ipê
florece minh'alma,
o setembro da
família retorna
a mesa e nós
alimentamos
do mesmo pão!

O ipê é a eternidade
ligada a terra o
divino consolo.
Ele volta sempre
a florir como florece
todo o acervo da família!

Autor: Roberto de Araújo


sábado, 10 de setembro de 2011

A MATEMÁTICA DAS COISAS


Nasce-se com
todos os unguentos,
pobres ou ricos....
a beleza no olhar
e rosto angelical!

Cresce-se conhece
o mundo e a juventude
na concorrência do
mais belo pudim,
na exigência
natural da
idade!

Casa-se perde a
vaidade sofre todas
as dores do parto, vira-se
chefe para a vida toda!

Torna-se maduro
há uma seleção natural,
ambientes jovens nem
pensar ridículo estorvo!

Vem a idade que ninguém
quer e aí abrimos a boca
e de joelhos pedimos clemência
do que virá e do que se apagará!

A matemática não é cruel
ela apenas conta nossos dias,
a crueldade vem do tempo,
esse implacável, preconceituoso,
criminoso com carta de indulto!

Meu coração alerta
na arquibancada
desse trem bala
sem volta sem revolta,
tudo é um conto de fadas,
depois de chefes e por
último resigna-se à lage,
pede-se a morte como prêmio
para o mergulho no sem fim
ou ao fim verdadeiro
que não nos deram a chave!


Autor: Roberto de Araújo.



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

O PORQUE DO PORQUE ?


Caminho...caminho...
Oh!dor em conta gota
que pinga na mente
como sangue que vamos
perdendo pouco a
pouco nessa via
sacra do tempo nesse
corpo esquálido
maquiado de batom!

Somos ilhas,
sociedade é ficção,
solidariedade são
pés no chão que os
próprios não se dão!

Mas como o mar segue
a ordem do vento, as
estrelas a ordem do
firmamento e essa vida
pregada, somos caixotes
empilhados, enfileirados,
esparramados nessa
terra chamada mundo!

Deus oh Deus responda-me
por que tanto chão tanto
perdão, tanta maldade.
Quero o sol desenhado no
caderno escolar não
esse escaldante,o frio
com neve do quadro de
pintura e não esse
que causa fissura!

Quero o carinho
do carinho verdadeiro,
pelo menos uma vez sorrir
por sorrir, amar por amar,
não me deixe só, esse só profundo
que encolhe a gente todo
retorcido como gato acuado,
dê-me a relva que eu possa
pastar os lindos campos
com os olhos e nada
mais pensar!

Então o diabo sai
rindo fumando
o cachimbo da
discórdia!


Autor : Roberto de Araújo